CÍTARA * Espiritualismo & Yoga

COMUNIDADE INICIÁTICA DO TRATAMENTO DA ALMA, REGENERAÇÃO E ASSISTÊNCIA

MAṆḌALA DA IMPERMANÊNCIA
Tudo está em movimento. O Universo acelera, freia e se equilibra constantemente. A Ordem Cósmica cria, mantém e dissolve para recriar, em um ciclo sem fim. Existe um momento de expansão, outro de recolhimento, e um terceiro de total silêncio e vazio, que é base de toda a Criação.
Com o ser humano não poderia ser diferente. Todos os nossos corpos - seja físico, mental ou espiritual - seguem um ritmo peculiar dentro da Grande Sinfonia Cósmica. Não há como escapar ao ritmo cósmico. Se apressamos o ritmo, sofremos de ansiedade. Se atrasamos o ritmo, somos engolidos pelos acontecimentos. Mas, se aceitamos o ritmo do Cosmos, navegamos no mar da beatitude, da plenitude.
Deixe a vida fluir! Aceite a transformação dos fatos, a impermanência da vida, o eterno "ciclar" e reciclar que nos leva, vagarosamente, ao centro, ao vazio e silencioso, porém, pleno campo de Deus.


MAṆḌALA DA PURIFICAÇÃO
O estado de pureza nos faz olhar para dentro de nós mesmos com clareza, sem colocarmos atenuantes e justificativas para os nossos atos. A pureza de coração nos é conferida pela condição de sermos equânimes conosco. A responsabilidade pelos nossos atos está na base de nosso comportamento. Quando assumimos os nossos atos, o castelo das dúvidas se desmorona e manifestamos claramente a nossa posição no jogo da vida. Isto só é possível, devido à pureza de coração aliada à honestidade da mente, e pela completa dissolução do ego.
Antes de nos curarmos, precisamos ser verdadeiro conosco. É impossível, para aquele que busca a cura e a plenitude, fazer qualquer progresso interno, caso não esteja decidido a ser puro de coração e perfeitamente honesto para consigo e para com os outros. Por isso, analisemos quais os disfarces que ainda usamos para proteger os vícios de nosso ego.
MAṆḌALA DA PAZ
Quando remoemos velhas questões de vida e não as superamos, descartando-as, criamos um estado de auto-tortura, que nos submete à intermináveis oscilações de humor. A paz interior nasce quando aceitamos a vida do jeito que ela é, ou melhor, do jeito que a fizemos ser. Aceitemos viver o momento presente, deixando que o passado se vá, e não nos preocupemos com o que irá acontecer no futuro. Vivamos o momento presente! Como a própria palavra já expressa, ele é um presente da Suprema Inteligência. Com plena consciência de nossos atos, que possamos construir um mundo melhor aqui e agora. Portanto, façamos um esforço por assimilar esta lição e conquistemos a paz.


MAṆḌALA DA TERRA
A terra é aquela que nos nutre, que nos sustenta, nos abriga e nos faz crescer, física e espiritualmente. Palco de grandes transformações, ela nos possibilita experimentar os diversos sabores da vida, tanto ao nível físico quanto ao moral. A terra nos permite enraizar, desenvolver e frutificar nossas ideias, através de nossas ações. Quanto mais profundas forem nossas raízes, mais possibilidades nós teremos de expandir nossos ideais e realizar nosso propósito; aquilo que viemos fazer nesta vida na Terra. A terra é generosa, pois nada nos cobra. A terra nos permite a vida neste plano material, e é símbolo de acolhimento, vitalidade e conforto; ela é símbolo de proteção.
MAṆḌALA FLOR DA VIDA
A flor da vida indica algo em expansão. Ela cresce, desenvolve-se e se transforma constantemente. É o fluir da vida, nascendo, desabrochando, florindo, murchando e morrendo, para dar lugar a um novo florescimento. A vida está sempre se transformando. Não há um início, nem um término; somente um constante reciclar. Cada momento é sempre novo. Existe um grande poder na criação que se renova a cada instante. Este poder flui através de nós - somos cocriadores do Universo. Temos o poder de criar nossos próprios caminhos, a partir de nossas escolhas. Cada instante é um recomeço. Mergulhar neste intervalo, entre um instante e o seguinte, nos possibilita acessar a Suprema Inteligência que nos criou e obter todas as soluções, curas e respostas sobre a vida e o Universo. Enfim, integrar-se ao Todo.


MAṆḌALA DAS ESTRELAS
As estrelas são fonte de aspiração, esperança e conexão. Nada mais profundo, oculto e misterioso do que uma noite de céu estrelado. O Cosmo inspira sabedoria. Os corpos celestes, como as estrelas, estão inteiramente sintonizados com o mundo espiritual para promover luz, fé, esperança e caridade a todos os seres. Das estrelas irradiam-se espirais de energia cósmica, que pulsa na cabeça e no coração de cada vivente, inspirando-o a trilhar o caminho da luz, do bem, da harmonia e união. A inspiração cósmica tem um grande poder de nos elevar aos planos mais sutis da existência para que possamos manifestar o Céu na Terra - as maravilhas de Deus. Permita que as energias celestiais, oriundas das estrelas, estabeleça contato com você e seja canal da Luz Divina, irradiando-a para a todos os viventes e para a profundeza da Terra.
MAṆḌALA FLOR DO CAMPO
Flores trazem leveza, beleza e elevam as energias. A alegria é o resultado de um campo florido. As flores têm a capacidade de transformar ambientes pesados e tristes em locais alegres, reciclando seu astral. A vida fica mais fácil quando levamos os desagrados dos fatos e as desavenças das pessoas na esportiva e com luz no coração. Um coração alegre dá lucidez à mente. Nossas experiências do cotidiano, sejam elas boas ou ruins, produzem bons aprendizados que se sedimentam espontaneamente. A alegria desfaz a tensão na Alma e nos faz enfrentar a vida com coragem e determinação. Quando você sorri para a vida, ela se abre e, aos nossos olhos, se torna um maravilhoso desfrutar, mesmo que aos olhos do outro seja visto cheio de atropelos. Então... enxerguemos a vida pelos olhos da alegria! Vejamos com bom humor nosso processo de evolução.


MAṆḌALA DA LUZ SOLAR
O Sol é o nosso grande centro doador de vida, luz, calor e evolução. Graças ao Sol, que almejamos o crescimento, através da lucidez mental, do intelecto, do discernimento e da criatividade. O Sol nos oferece a sabedoria, nos apontando o caminho da espiritualidade. Com sua luz e calor, dele tudo brilha, prospera e floresce. O Sol é a fonte de prāṇa, a energia vital, que interage com nossa luz interior, abre nosso intelecto e nos faz ver a verdade da vida, criando uma relação plenamente amorosa com o Criador do Céu e da Terra - a Suprema Inteligência. Que possamos viver em constante sintonia com esta força, que nos permeia e nos conduz para a Verdade Eterna.
MAṆḌALA DA VITALIDADE
Sermos uma pessoa vital é primordial para crescermos, tanto material como espiritualmente. Quando dispomos de vitalidade nos tornamos altivos, determinados e otimistas. A altivez nos estimula a termos satisfação conosco, nos direcionando para aquilo que nos propomos a fazer nesta vida. A altivez se traduz como o esforço de continuidade – o vigor que mantém o brilho daquilo que nós almejamos. Portanto, sejamos vibrantes! Manifestemos o nosso potencial com naturalidade. Mas, saibamos que nós também somos Obra Divina e que nada disso se manifestaria senão pela Vontade Divina. Somos meros atores no Grande Cenário Divino, mas devemos representar nosso papel com brilho, entusiasmo e convicto de que alcançaremos a Meta. Diga para si mesmo: "eu me sinto forte, vital e digno de todas as escolhas que fiz".


MAṆḌALA DO AMOR UNIVERSAL
Amar aos outros como a ti mesmo - aqui está a lei da reciprocidade identificada no amor universal. Amar é magnético e atrativo. Todos nós temos este potencial divino no mais íntimo de nossa Alma. O Amor Universal é o maior de todos os potenciais divinos; ele é o único que nos abençoa com a bem-aventurança. Através do Amor Universal nascemos como Almas individualizadas, como inocentes fagulhas espirituais projetadas do Coração de Deus Pai-Mãe do Universo. O Amor nos faculta a capacidade de agrupar pensamentos, de raciocinar e discernir para que possamos captar a Ideia Divina do Universo, organizando nosso mundo individual, conforme nossas escolhas. O Amor nos faz registrar e acumular as experiências que temos, porque é força de coesão e, deste modo, constrói nossa maestria. Portanto, amemo-nos e quebremos nossos preconceitos e defesas amando aos outros como a si mesmo. Por extensão, sejamos abençoados pela Suprema Inteligência.
MAṆḌALA DA FORÇA DIVINA
A grande força de manifestação do Universo está no poder feminino. Ele movimenta galáxias, astros, os cinco elementos da natureza (espaço, ar, fogo, água e terra), as ligações moleculares, as trocas atômicas, enfim, tudo que se manifesta desde o macrocósmico ao microcósmico.
No nível humano, é a mulher quem gesta e nutre, e isto, sem a menor sombra de dúvidas, é um imenso poder que existe no que tange ao feminino. Como diz um antigo ditado popular: “atrás de um grande homem há uma grande mulher". Moldar o que é sutil requer também muita sutileza, gentileza e perspicácia; requer um grande poder de acolhimento, receptividade e amor. Penetrar no que é denso requer uma intensa força capilar, uma grande vontade, determinação e perseverança, para que permeie e contenha o que está enrijecido. Somente a força que atua silenciosamente, e de forma oculta e sutil, detém o poder. A força bruta somente destrói, subjuga, amedronta e corrompe – não contribui para a evolução do Universo.


MAṆḌALA DA TEMPERANÇA
Para alcançarmos a harmonia, o equilíbrio e a saúde física e mental precisamos estabelecer a união de nossos componentes opostos, ou seja, a síntese da dualidade que percebemos e vivenciamos. Isto é a verdadeira alquimia da Alma que nos impulsiona para a grande mudança interior, despertando nosso poder criativo. A temperança é o eterno fluxo da criação, dissolvendo as antigas ideias e formas arcaicas, permitindo o contínuo fluxo do ir e vir – a infinita expansão e recolhimento do Universo – para que se desenvolva as Leis Universais.
A temperança demonstra a Suprema Arte do Criador. Somente quando despertarmos em nós a capacidade de transformar e transmutar o pó em ouro, através da fusão da escuridão com a luz, é que adquiriremos o Poder da Criação. Este poder só emerge quando, primeiramente, olharmos para a nossa Luz Interior.
MAṆḌALA ESTRELA DA FORTUNA
Muitos pensam que a fortuna está no mundo material para que sejam felizes – adquirir objetos, dinheiro, status, fama e prazeres deste mundo físico. Isto é um grande engano! A riqueza material é transitória e um dia acaba, seja porque perdemos parte dela ou tudo, ou pelo que é inevitável: a morte. Assim sendo, tudo fica para trás e se esvai como água represada nas mãos. A grande fortuna está dentro de nós, na conquista e reconhecimento de nossa luz interior, que transmigra de uma existência física para a outra. O conhecimento de nós mesmos, de nossa natureza essencial, é que nos faz rico – a fortuna espiritual – porque é perene, contínua e elucidativa. O autoconhecimento nos revela o amor, a paz interior, o caminho correto e a verdade – todos existentes em essência e latentes em nós. Basta descortina-los e pratica-los! Portanto, que seja agora! Mãos à obra!


MAṆḌALA CAMINHO DO DHARMA
Dharma é uma palavra sânscrita complexa e que não há uma tradução direta e simples para qualquer outra língua. Dharma é um conceito. Ela vem da raiz sânscrita dhṛ, que quer dizer sustentar. Portanto, é aquilo que sustenta ou que possibilita e, ainda, que regula – são as leis, os valores, um estilo de vida. Nosso primeiro impulso é definir dharma como “o que é ético” ou “o que é moralmente correto”. Mas isso seria um erro; dharma é muito mais do que isso.
No Budismo Tibetano existe o conceito do caminho do meio ou a reta conduta expressa no “Nobre Caminho Óctuplo” das "Quatro Nobres Verdades" de Siddhārtha Gautama, o Buddha, para cessar o sofrimento, a saber: (1) compreensão correta, (2) pensamento correto, (3) linguagem correta, (4) ação correta, (5) modo de vida correto, (6) esforço correto, (7) atenção plena correta e (8) concentração correta.
MAṆḌALA DA ABUNDÂNCIA
A abundância é um estado natural que Deus nos ofertou, mas que, devido à estrutura mecanicista nos envolvemos, esquecemos disto. Como disse Jesus no Sermão do Monte: "Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que come-remos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mateus 6:25-34). Esta é a correta abundância. Mais do que isto torna-se ganância e avareza.


MAṆḌALA AUSPICIOSA
Quando permitimos que a roda do “querer-saber-ousar-calar” gire, a auspiciosidade, como num passe de mágica, se manifesta. O Universo passa a conspirar ao nosso favor. Mas, para isto, temos que querer pedir. Por sua vez, precisamos saber buscar, para que, então, possamos ousar bater à porta e, enfim, calar no desfrute. Conforme os ensinamentos de nosso Bem Amado Mestre Yeshu’a (Jesus): “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e ser-vos-á aberto. Porque todo aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, será aberto”. Portanto, auspiciosidade não brota na terra, nem cai do céu. Ela deve ser construída internamente, através de nossos pensamentos, nossas palavras e, principalmente, nossas atitudes.
MAṆḌALA ARCO-ÍRIS
Passamos boa parte de nossas existências como almas em processo de descortinar a Luz Infinita, que pulsa em nosso âmago, e torna-la consciente. Durante esta longa jornada, afastamo-nos da Luz Infinita, abafando-a com nossa pretensa e imatura identificação com o ego. Para que possamos restabelecer esta conexão, o que significa o nosso despertar espiritual, precisamos recuperar a paz e promover uma transformação interna, para que novos horizontes se abram diante de nós, com novas oportunidades, que devemos estar atentos e não deixa-las escapar. Assim, podemos manifestar o Céu na Terra, tão bem representado pelo arco-íris.


MAṆḌALA DO FLORESCIMENTO
As flores representam as nossas aspirações que se transformam em ações. Podemos realizar ações nobres, com flores viçosas, contribuindo para o bem comum; ou ações mesquinhas, com flores murchas e sem brilho, agindo somente em satisfação própria. A escolha é sempre nossa: queremos um jardim vívido e perfumado ou um cemitério com canteiros de flores mortas e fétidas?
Florescer é um processo que, nascendo no âmago de nosso ser, manifesta a criatividade em atitudes ou palavras. O processo da criatividade brota e floresce a partir de sentimentos nobres como a alegria, o desejo de fazer o bem, a compaixão, mas, principalmente, na confiança na nossa luz interior – Deus em nós ou o Eu Sou. Não há identificação maior do que aquela de quando nos conscientizamos de que a Luz Infinita brilha a partir de nosso âmago.
Sejamos sempre a fonte da Luz Infinita de Deus, iluminando nosso caminho, bem como daqueles que estão sob nossa responsabilidade! Permitamos o florescer de nosso jardim – as nossas ações – para que possamos comer os frutos da Árvore da Vida!
MAṆḌALA DA INTEGRIDADE
Passamos inúmeras existências oscilando entre as boas e as más ações próprias do mundo da dualidade, adquirindo experiências que nos levarão a um despertar da consciência de unidade. Num dado momento de nossa evolução, já em um grau adiantado de amadurecimento emocional e comportamental, percebemos que a vida de dualidade, do bem em oposição ao mal, do correto face a face com o errado, não nos atormenta mais, desatando-se de nosso íntimo e distanciando-se de nosso Ser Real, permitindo-nos olhar e ter consciência de nossas falhas de caráter, bem como de nossas virtudes. É nesta fase da existência e assumimos a firme e benfazeja res-ponsabilidade por nossos atos, palavras e pensamentos, e consequentemente, por nosso desenvolvimento espiritual. Assim, nos tornamos íntegros, coesos e autênticos, com um caráter incorruptível. Assim, entramos no fluxo do destino para nos integrarmos na Luz Infinita da Suprema Inteligência. A integridade é a porta de entrada para o desenvolvimento da espiritualidade, e esta é o fim da busca espiritual. Pois, ao alcançarmos o ápice – a espiritualidade – não haverá mais o que buscar. Passamos a ser aquilo que sempre fomos, mas não reconhecíamos: uma Luz no mundo.


MAṆḌALA DA LEVEZA
A leveza é um estado de Alma fundamentada no centramento do Ser. O coração é o centro do Ser. No coração podemos encontrar o equilíbrio das forças antagônicas. Quando agimos focados no coração, agimos com equilíbrio, porque temos a percepção plena dos fatos, coisas e pessoas – nosso discernimento se desenvolve, ampliando-se e amadurecendo. Na periferia, ou melhor, na superfície da Alma perdemos a noção do todo e nos debatemos nas águas revoltas do saṁsāra – o ciclo de nascimentos e mortes. Focados no coração, temos condições de nos manter integralmente conectados à Luz Infinita – a Fonte que tudo é. Daí vem leveza, que se traduz na confiança plena e ativa nos Propósitos Divinos arquitetados minuciosamente em nosso interior, no coração. Assim, entramos no fluxo natural do Ser e representamos com leveza o nosso personagem no palco da vida.
MAṆḌALA DA SIMPLICIDADE
Se quisermos crescer, a chave está na simplicidade. Quanto mais simples nós formos, maior será a nossa possibilidade de expressarmos a beleza de Deus. Ser simples significa nos despojarmos de toda ambição, de toda arrogância, de todo orgulho e de toda malícia. A verdadeira simplicidade está na total entrega ao Poder Supremo. Trata-se de uma confiança plena e ativa nos princípios que regem a nossa evolução – o escrutínio e expansão de nossa consciência. Como disse Yeshua: “olhai os lírios do campo como crescem...” (Mt 6:28) Os lírios simplesmente crescem ao contemplar os céus, sem se preocupar e, muito menos, sem se apegar ao futuro. Isto se chama confiança ativa e quanto mais simples nós formos, sem as complicadas e inquietantes engrenagens da mente egocêntrica, que ora se apega por algo e ora a rejeita, mais confiantes na Luz Infinita seremos e poderemos expressa-la em toda a sua grandeza. Sejamos a luz do mundo... com simplicidade, sem alardes! Basta SER!


MAṆḌALA DA PRIMAVERA
Primavera é tempo de recomeçar; é tempo de florir e, portanto, é tempo de querer. As flores nos inspiram novas ideias e nos impulsionam para um novo tempo. Elas despertam em nós a vontade de crescer. É quando um ciclo se inicia com mais lucidez em um novo patamar de consciência. A vida se desenvolve em ciclos. Esta é a alquimia da realização. A natureza se desenvolve pela lei dos ciclos: querer – saber – ousar – calar.
Na natureza cada estação do ano cumpre uma função específica. O estado de florescer da primavera nos inspira e nos instiga a vontade de expandir a consciência, aproximando-nos de Deus. O calor solar do verão com suas noites quentes e enluaradas permite que busquemos o aprendizado, adquirindo o saber. A temperança do outono nos dá a capacidade de ousar, de produzir aquilo que conquistamos com o saber, de dar frutos. No gélido frio do inverno nos recolhemos e nos resguardamos; pois é tempo de calar e desfrutar o que produzimos.
Assim é a vida! Assim é a natureza! Quantos ciclos nós já tivemos em nossas vidas? Quantos recomeços! Quantas oportunidades nós já tivemos de acertar o rumo! Será que estávamos atentos ao nosso querer mais profundo? Será que a nossa vontade estava, de fato, alinhada ao grande propósito da vida, que é a autorrealização, ou seja, a liberação? Assim como a natureza, cada um de nós tem uma primavera ao nascer. Temos uma primavera ou recomeço a cada ano que completamos. Temos uma primavera ou recomeço a cada dia quando acordamos. Pense nisso!