CÍTARA * Espiritualismo & Yoga

COMUNIDADE INICIÁTICA DO TRATAMENTO DA ALMA, REGENERAÇÃO E ASSISTÊNCIA

ESTÁGIO III
No ESTÁGIO III repetimos as práticas respiratórias do ESTÁGIO II, com o mesmo número de respirações, conforme indica a planilha. Após a prática respiratória, é feito um forte trabalho no campo de energia interna -- o tubo digestivo --, através da prática de agni-sāra com siṁhāsana. Este exercício produz uma dinâmica no campo interno, no qual permite que o kanda (confluência energética de forma bulbar por onde toda energia é distribuída e localizado na região infra-abdominal) direcione de forma harmônica a energia acumulada. Em seguida, o yogin executa, ao seu tempo, as séries de yogāsana orientada para cada chakra. No ESTÁGIO III mudamos a dinâmica, pois agora o objetivo da série de asānas é trabalhar a energia de cada centro psíquico (chakra), equilibrando-a internamente e entre os demais chakras, equalizando-as. Sendo assim, em cada série, ao final de cada postura, o praticante deve fazer um tempo de relaxamento de ½ a 1 minuto, para que o prāṇa flua pelos chakras, organizando-se. Desta forma, geramos um ritmo de tensão/relaxamento ou esforço/repouso, tão importante para o ciclo energético.
Como no estágio anterior, o praticante deve estar, em tempo integral, conectado a uma respiração profunda e lenta. Observar atentamente aquelas posturas que indicarem um ponto de focalização (dṛiṣhṭi), como polegar, palma da mão, umbigo, entre as sobrancelhas, ponta do nariz, etc. Executar, quando houver, com firmeza as contrações de determinadas partes do corpo (bandhas), como períneo (mūla), abdômen (uḍḍīyana), garganta (jālandhara) e língua (jihvā).
Sempre, ao final da prática de yogāsana, o yogin encontrará uma prática de prāṇāyāma, onde se educa a circulação do prāṇa, ou seja, coloca a energia vital em movimento de forma organizada e consciente. Para a prática de śhavāsana e dhyāna deve-se seguir as orientações dadas no ESTÁGIO I, com a ressalva de que, agora, no relaxamento induzido (śhavāsana), se escute o mantra devatā-gāyatrī relacionado ao chakra trabalhado, e, na meditação (dhyāna), substitua o mantra so'ham pelo mantra do chakra em questão.


ŚHAVĀSANA
Ao deitar-se, o praticante relaxa durante os 10 minutos prescritos na planilha, permitindo que o mantra da divindade, que guarda sintonia com o chakra trabalhado durante a prática dos āsanas e prāṇāyāma, permeie e flua por todo o seu Ser, ao escuta-lo, conforme o exposto abaixo:
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mūlādhāra chakra: Gāyatrῑ de Gaṇeśha
Oṁ Oṁ
Tat puruṣhāya vidmahe Para conhecer o Supremo Ser
Vakratuṇḍāya dhīmahi Medito naquele que tem uma tromba curva
Tanno danti prachodayāt. Que este Senhor possuidor de uma presa só nos inspire.
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svādhiṣhṭhāna chakra: Gāyatrῑ de Lakṣhmῑ
Oṁ Oṁ
Mahādevyai vidmahe Para conhecer a Grande Deusa
Viṣhṇu-patnyai dhῑmahi Medito no aspecto feminino do Senhor de todo o Universo
Tanno Lakṣhmiḥ prachodayāt Que Lakṣhmῑ, doadora de toda riqueza, nos inspire.
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maṇipūra chakra: Gāyatrῑ de Durgā
Oṁ Oṁ
Kātyāyanāya vidmahe Para conhecer a descendente de Kati [nome de um Sábio],
Kanyākumārῑ dhῑmahi Medito na jovem e virgem Kanyā [Durgā]
Tanno Durgiḥ prachodayāt Que Durgā, a intransponível, nos inspire.
-
anāhata chakra: Gāyatrῑ de Hanuman[t]
Oṁ Oṁ
Āñjaneyāya vidmahe Para conhecer aquele que veio de Añjanā [uma ninfa celestial],
Mahābalaye dhῑmahi Medito no extremamente forte e eficaz,
Tanno Hanumat prachodayāt Que o Senhor Hanuman, o filho do vento, nos inspire.
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viśhuddha chakra: Gāyatrῑ de Sarasvatῑ
Oṁ Oṁ
Sarasvatyai vidmahe Para conhecer Sarasvatī, que flui com inspiração,
Brahmāputryai dhīmahi Medito naquela que é filha do Senhor Brahmā
Tanno Devī prachodayāt Que a Deusa nos inspire.
-
ājñā/sahasrāra chakra: Gāyatrῑ de Śhiva/Viṣhṇu
Oṁ Oṁ
Mahādevāya vidmahe Para conhecer o Grande Senhor [Śhiva],
Rudramūrtaye dhῑmahi Medito na terrível e poderosa personificação de Rudra [Śhiva].
Tannaḥ Śhivaḥ Prachodayāt Que o Senhor Śhiva nos inspire.
Oṁ Oṁ
Narāyanāya vidmahe Para conhecer o Senhor de todos os seres humanos,
Vasudevāya dhῑmahi Medito no Senhor que é brilhante e está em todo lugar.
Tanno Viṣhṇuḥ pracodayāt Que o Senhor Viṣhṇu nos inspire.
DHYĀNA
Ao sentar-se para meditar, durante os 20 minutos prescritos na planilha, faça japamālā (murmúrio em que se repete orações e/ou invocações em um colar de 108 contas) do mantra da divindade que corresponde ao chakra que está sendo trabalhado. Dê apenas uma volta no colar, ou seja, recite, em murmúrio, 108 vezes o mantra designado. Em seguida, mentalmente, repita o bῑjamantra desta divindade até completar o tempo. Se abaixo o mantra e o bῑjamantra para cada chakra:
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mūlādhāra chakra: Gaṇeśha
mantra: Oṁ gaṁ gaṇapataye namaḥ
(Eu me curvo diante de Gaṇeśha [Gaṇapatῑ], o Senhor da Humanidade)
bῑjamantra: gaṁ
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svādhiṣhṭhāna chakra: Lakṣhmῑ
mantra: Oṁ śhrῑṁ mahālakṣhmyai namaḥ
(Eu me curvo diante de Mahālakṣhmῑ, a Grande Doadora)
bῑjamantra: śhrῑṁ
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maṇipūra chakra: Durgā
mantra: Oṁ duṁ durgāyai namaḥ
(Eu me curvo diante de Durgā, a Intransponível)
bῑjamantra: duṁ
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anāhata chakra: Hanuman[t]
mantra: Oṁ haṁ hanumate namaḥ
(Eu me curvo diante de Hanuman, veloz como o vento)
bῑjamantra: haṁ
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viśhuddha chakra: Sarasvatῑ
mantra: Oṁ aiṁ sarasvatyai namaḥ
(Eu me curvo diante de Sarasvatῑ, a que flui com sabedoria)
bῑjamantra: aiṁ
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ājñā/sahasrāra chakra: Śhiva/Viṣhṇu
mantra: Oṁ namaḥ śhivāya
(Eu me curvo diante de Śhiva, o Auspicioso)
bῑjamantra: hauṁ
mantra: Oṁ klῑṁ viṣhṇave namaḥ
(Eu me curvo diante de Viṣhṇu, o Todo-penetrante)
bῑjamantra: klῑṁ
Mūlādhāra Chakra


Começamos esta série com a ativação e reequilíbrio do primeiro chakra, Mūlādhāra, localizado na base da coluna vertebral (região entre o ânus e o genital – períneo). É conhecido também como chakra raiz ou fundamental e, não só simboliza como também atua na sobrevivência, sendo bloqueado pelo medo. Ao abrir este caminho, desenvolvemos a coragem e nos libertamos do medo, confrontando-o com naturalidade.
Nesta primeira série de Yogāsana, vamos trabalhar as articulações e músculos dos membros inferiores e assoalho pélvico. Procure manter-se de olhos fechados (exceto nos āsanas nº 1, 2 e 12, onde se trabalha o equilíbrio) e a mente concentrada na região do períneo (Mūlādhāra chakra). Durante toda a prática, faça uma respiração consciente, ritmada e suave. Nada de ficar ofegante! Se perceber que isso está ocorrendo, diminua o ritmo dos āsanas e encontre o seu ponto de equilíbrio.
Vamos para a prática!
1. TAḌĀSANA
Fique de pé com os pés juntos, tocando o bordo interno dos pés. Apoie os pés firmemente no chão e tensione os artelhos. Contraia vigorosamente toda a musculatura das pernas, coxas e glúteos, de modo a puxar a patela para cima. Contraia intensamente a região do períneo (mūla bandha com aśhvnī mudrā). Contraia o abdômen, o peito e as costas, mantendo-as retas e com a cabeça no alinhamento. Contraia intensamente a região da garganta (jālandhara bandha). Estenda seus braços para baixo, ao longo do corpo, e contraia toda sua musculatura, desde os ombros até tensionar os dedos. Mantenha seus braços levemente afastados do tronco. Distribua o peso corporal igualmente pelos pés. Observe se o peso está bem distribuído entre os calcanhares, os artelhos e os bordos laterais. Mantenha a contração, enquanto respira. A respiração, necessariamente, ficará mais contida, devido ao tensionamento de todo o corpo. Comece contando 7 respirações e aumente gradativamente para 11, 15, 21 e 27. Após a contagem da respiração, relaxe. Ao passar para o relaxamento, afaste seus pés uns 2 palmos, mantendo o corpo ereto, porém inteiramente descontraído, e respire pausadamente 4 vezes.
2. VṚIKṢHĀSANA
Mantenha-se de pé e apoie seu pé direito na lateral interna da perna esquerda. Este apoio, conforme a desenvoltura do praticante pode ser no nível da panturrilha, do joelho, da coxa ou sobre a virilha. Verifique em qual grau de dificuldade você consegue executá-la bem e adote-a como ponto de partida para praticar esta postura. Mantendo-se em um só pé, estenda seus braços para o alto. Se for difícil estabelecer o equilíbrio, desça os braços e junte as mãos em praṇām mudrā à frente do tórax. Mantenha a postura respirando livremente. Comece contando 7 respirações e aumente gradativamente para 11, 15, 21 e 27. Após a contagem da respiração, relaxe. Com os pés no chão afastados 2 palmos, faça 2 respirações de pausa. Repita tudo para o outro lado. Ao completar a postura para os dois lados, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
3. UTTĀNĀSANA
De pé com os pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo com a palma das mãos voltadas para trás, inspirar, levantando seus braços acima da cabeça. Espalme as mãos para o alto e incline a cabeça para trás, de modo que olhe para cima. Mantenha seu corpo bem esticado alguns segundos, produzindo um leve tensionamento nas costas. Em seguida, ao expirar e mantendo as pernas bem esticadas, dobre-se ao máximo, de modo a apoiar as mãos no chão ao lado dos pés. Mantenha a postura respirando livremente. Comece contando 7 respirações e aumente gradativamente para 11, 15, 21 e 27. Observe para que as costas fiquem soltas, enquanto executa a postura. Após a contagem da respiração, volte à posição inicial livremente. Relaxe, colocando seus pés afastados 2 palmos e o corpo ereto, durante 4 ciclos respiratórios.
4. UTKAṬHĀSANA
Continue de pé com os pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo com a palma das mãos voltadas para trás. Ao inspirar, levante seus braços acima da cabeça, espalme as mãos para frente. Mantenha seu corpo bem esticado alguns segundos, produzindo um leve tensionamento nas costas. Encaixe a bacia, levando as cristas ilíacas para trás. Em seguida, expirar enquanto flexiona os joelhos, projetando-os para frente o quanto for possível e colocando as coxas quase que paralelas ao chão. O quadril deve ir para trás, mantendo-o encaixado. Mantenha a postura respirando profundamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Observe para que as costas fiquem eretas, enquanto executa a postura. Ao final, volte à posição inicial livremente. Relaxe, colocando seus pés afastados 2 palmos e o corpo ereto, durante 4 ciclos respiratórios.
5. VĪRABHADRĀSANA I
Fique de pé com os pés afastados o mais que possível e braços estendidos ao longo do corpo com a palma das mãos voltadas para as pernas. Vire seu pé direito para fora, apontando-o para a sua lateral direita. Rode o quadril para o lado direito, de modo que fique de frente para a perna direita. Vire seu pé esquerdo ligeiramente para dentro. Isto acomodará melhor seu quadril. Inspire fundo, levantando seus braços lateralmente acima da cabeça e junte a palma das mãos sem entrelaçar os dedos. Expire, flexionando o joelho direito até que a coxa esteja paralela ao chão. Observe que o segmento da perna deve estar perpendicular ao chão. Leve a cabeça para trás e olhe para as mãos. Observe que os braços devem estar bem esticados e os pés bem plantados no chão. Mantenha a postura respirando profundamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Desfaça a postura nesta sequência: inspire esticando a perna direita; expire descendo os braços lateralmente; desfaça a rotação do pé junto com a do quadril. Aproxime seus pés, deixando-os afastados 2 palmos e faça uma pequena pausa de 2 respirações. Repita tudo para o lado esquerdo. Ao final, relaxe por 4 ciclos respiratórios suaves com seus pés afastados 2 palmos.
6. VĪRABHADRĀSANA II
Fique de pé com os pés afastados o mais que possível e braços estendidos ao longo do corpo com a palma das mãos voltadas para as pernas. Vire seu pé direito para fora, apontando-o para a sua lateral direita. Mantenha o quadril na posição e encaixe-o, jogando as cristas ilíacas para trás. Inspire abrindo os braços lateralmente até a altura dos ombros, mantendo a palma das mãos para baixo. Vire a cabeça para a direita, olhando para a mão direita. Expire enquanto flexiona o joelho direito até que a coxa esteja paralela ao chão. Observe que o segmento da perna deve estar perpendicular ao chão. Puxe o joelho dobrado para trás o quanto puder e alinhe seu pé direito com a coxa. Não deixe o joelho mais a frente que a ponta do pé. Mantenha os braços bem esticados e os pés bem plantados no chão. Mantenha a postura respirando profundamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Volte inspirando enquanto estende o joelho direito e alinhe seu pé direito, apontando-o para frente. Desça os braços, aproxime os pés, mantendo-os afastados 2 palmos e relaxe durante 2 respirações suaves. Execute o mesmo procedimento para o lado esquerdo. Ao completar, relaxe fazendo uma pausa de 4 respirações com seus pés afastados 2 palmos.
7. DAṆḌĀSANA
Fique sentado no chão com as pernas estendidas e juntas. Apoie as mãos ao lado do quadril, apontando seus dedos para frente. Force seus ombros para baixo, empurrando o chão, de modo a ficar com as costas bem eretas. O tronco deve fazer um ângulo de 90° com as pernas. Estufe o peito e recolha o abdômen. Mantenha a postura respirando profundamente. Inspire fundo e ao expirar recolha o abdômen vigorosamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, faça uma pausa de 4 respirações e relaxe, afastando os pés dois palmos, apoiando as mãos com os dedos para trás e tombando a cabeça para trás.
8. PAŚHCHIMOTTĀNĀSANA
Sentado no chão com as pernas estendidas e os pés juntos. Perceba que as protuberâncias dos ísquios devem firmar a bacia no chão, estando o cóccix distante dele. Com as mãos sobre as pernas, inspire estendendo seus braços acima da cabeça. Observe que seu tórax deve estar projetado para cima e para frente, mantendo a coluna ereta. Solte o ar, flexionando o quadril, num movimento de dobradiça, enquanto projeta seu tórax de encontro às pernas estendidas. Não acentue a curvatura natural de seu tórax para alcançar as pernas. Mantenha a cabeça no alinhamento, alongando a parte posterior do pescoço para não travar o fluxo da energia nesta região. Segure firme por debaixo das pernas ou na planta dos pés, conforme a sua flexibilidade. Ajude com os braços, puxando seu tórax na direção das pernas. Mantenha a postura respirando profundamente. Lembre-se de recolher o abdômen vigorosamente quando expira. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao desfazer a postura, inspire erguendo seu tronco e braços para o alto. Expire, descendo os braços lateralmente. Apoie as mãos no chão atrás do corpo, afaste as pernas uns dois palmos e relaxe durante 4 respirações completas.
9. SETU BANDHĀSANA
Deite-se no chão com as pernas dobradas, de modo que os pés fiquem um ao lado do outro, afastados na largura do quadril. Com os braços estendidos ao longo do tronco, segure firme nos tornozelos com as mãos. Caso não alcance, apoie a palma das mãos no chão o mais próximo dos pés. Deixe a nuca e a região posterior do pescoço bem relaxados, para que você possa realizar o movimento adequadamente. Inspire profundamente, levantando o quadril o mais alto possível. Se estiver com as mãos no chão e, por isso, sem segurar os tornozelos, fique atento para não desalinhar os pés. Observe também que os pés devem estar e permanecer paralelos. Portanto, ao executar a postura, não arraste seus pés para fora num movimento em leque. Mantenha a postura com uma respiração profunda, recolhendo bem o abdômen ao soltar o ar. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Desfaça a postura expirando, enquanto desce o quadril e apoia no chão com suavidade. Solte os tornozelos, estenda as pernas e relaxe durante 4 respirações completas.
10. BADDHĀSANA
Sentado no chão com as pernas dobradas, de modo a unir a planta dos pés (borboleta). Se possível que toda a planta dos pés esteja unida, desde os dedos até os calcanhares. Entrelace os dedos das mãos e segure firme na ponta dos pés. Puxe seus calcanhares para a região do períneo e estique bem as costas, alinhando a região sacral e a nuca. Sem prejudicar o alinhamento da coluna vertebral, faça força com as pernas para abaixar os joelhos o máximo possível. Agora, olhe para a ponta do nariz (nasāgra dṛiṣhṭi), mantendo a cabeça ereta. Mantenha a postura respirando profundamente. Inspire fundo e ao expirar recolha o abdômen vigorosamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, estenda suas pernas com os pés afastados 2 palmos, apoie as mãos no chão atrás do corpo e relaxe durante 4 respirações completas.
11. VĪRĀSANA
Sentado no chão sobre os calcanhares, mantenha o quadril encaixado, a coluna vertebral ereta e a cabeça no alinhamento. Com os braços relaxados, apoie suas mãos sobre as coxas a frente do abdômen, de modo que a mão direita fique por cima da esquerda (para os homens) ou o contrário (para as mulheres). Agora, olhe para o ponto entre as sobrancelhas (bhrūmadhya dṛiṣhṭi), mantendo a cabeça ereta. Mantenha a postura respirando profundamente. Inspire fundo e ao expirar recolha o abdômen vigorosamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, estenda suas pernas com os pés afastados 2 palmos, apoie as mãos no chão atrás do corpo e relaxe durante 4 respirações completas.
12. GARUDĀSANA
Fique de pé e dobre os joelhos a acerca de 30°. Levante seu pé esquerdo e estabilize o equilíbrio de seu corpo, fixando um ponto à sua frente. Em seguida, cruze as pernas passando a esquerda sobre a direita. Agora, com o corpo suavemente inclinado para frente, trance seu pé esquerdo por trás da panturrilha direita, de modo a ficar bem ajustado. Feito isto, estenda os braços à sua frente e cruze-os, certificando-se de que o braço direito esteja sobre o esquerdo. Então, dobre os cotovelos, apontando os dedos das mãos para cima. Suas mãos estarão uma de costas para a outra. Completando a postura, vire as mãos, de modo que você junte a palma das mãos. Se não conseguir, deixe-as como estavam (de costas uma para a outra). Mantenha a postura respirando livremente. Comece contando 7 respirações e aumente gradativamente para 11, 15, 21 e 27. Após a contagem da respiração, relaxe. Com os pés no chão afastados 2 palmos, faça 2 respirações de pausa. Repita tudo para o outro lado. Ao completar a postura para os dois lados, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
13. SAMAVṚITTI PRĀṆĀYĀMA C/ MŪLA BANDHA
Sentado com as pernas cruzadas (padmāsana, siddhāsana ou sukhāsana), inspire, retenha com os pulmões cheios, expire e retenha com os pulmões vazios, todos contando o mesmo número de tempos. A cada vez que reter, seja de pulmões cheios ou vazios, faça mūla bandha. Inicie contando 4 tempos e aumente este número, conforme sua capacidade respiratória for melhorando. Comece este prāṇāyāma com 11 ciclos respiratórios e vá ampliando para 15, 21, 27, 36, 54, 72, 108 e 144, na medida em que aprofunde a técnica. Não atropele suas condições físicas! Caso manifeste palpitação ou taquicardia ao executá-la diminua a contagem dos tempos.
Svādhiṣhṭhāna Chakra


Dando continuidade a esta série, vamos ativar e reequilibrar as funções do segundo chakra, Svādhiṣhṭhana, localizado na região pélvica, entre o ponto logo acima do púbis e a quinta vértebra lombar. Governa os órgãos reprodutores, bem como as funções psíquicas do prazer, sendo bloqueado pela sensação de culpa. Ao reequilibrar esta chakra, a culpa se dissolve, aceita-se a realidade e propicia-se o auto perdão. Os principais sinais de desequilíbrio do segundo chakra são os exageros alimentares por doces ou não se alimentar em períodos alternados, problemas de TPM e menopausa, intensa vida sexual ou indiferença em períodos alternados, problemas intestinais, urinários e disfunções diversas do baixo ventre.
Na segunda série de Yogāsana nosso foco será o quadril. Trabalhamos agora a sua mobilidade, soltando a articulação coxofemoral e afrouxando a região sacro-ilíaca. Alongar e fortalecer os músculos que compõem a cintura pélvica, como os glúteos, adutores da coxa, ílio-psoas e infra-abdominais, também é um dos objetivos. Os olhos devem se manter fechados, exceto nas posturas nº 2 e 3, por serem posturas de equilíbrio (tolāsanas). Concentre a mente na região da bacia (Svādhiṣhṭhāna chakra). Durante toda a prática, faça uma respiração consciente, ritmada e suave. Nada de ficar ofegante! Se perceber que isso está ocorrendo, diminua o ritmo dos āsanas e encontre o seu ponto de equilíbrio.
Vamos para a prática!
1. TAḌĀSANA
Fique de pé com os pés juntos, tocando o bordo interno dos pés. Apoie os pés firmemente no chão e tensione os artelhos. Contraia vigorosamente toda a musculatura das pernas, coxas e glúteos, de modo a puxar a patela para cima. Contraia intensamente a região do períneo (mūla bandha com aśhvnī mudrā). Contraia o abdômen, o peito e as costas, mantendo-as retas e com a cabeça no alinhamento. Contraia intensamente a região da garganta (jālandhara bandha). Estenda seus braços para baixo, ao longo do corpo, e contraia toda sua musculatura, desde os ombros até tensionar os dedos. Mantenha seus braços levemente afastados do tronco. Distribua o peso corporal igualmente pelos pés. Observe se o peso está bem distribuído entre os calcanhares, os artelhos e os bordos laterais. Mantenha a contração, enquanto respira. A respiração, necessariamente, ficará mais contida, devido ao tensionamento de todo o corpo. Comece contando 7 respirações e aumente gradativamente para 11, 15, 21 e 27. Após a contagem da respiração, relaxe. Ao passar para o relaxamento, afaste seus pés uns 2 palmos, mantendo o corpo ereto, porém inteiramente descontraído, e respire pausadamente 4 vezes.
2. EKA PADĀṄGUṢHṬHĀSANA
De pé com os pés juntos, fixe o olhar em um ponto a sua frente e estabeleça o equilíbrio. Dobrando o joelho direito, levante este pé e segure-o pelo dedão, enganchando o indicador da mão direita por entre o dedão e o segundo artelho, de modo a fechar o gancho, unindo a ponta do polegar com a do indicador. Agora, estenda esta perna para a lateral o máximo que puder, cuidando para que o tronco mantenha-se ereto e em equilíbrio. Apoie a mão esquerda na lateral da cintura, com o cotovelo apontado para o lado. Feito isso, lentamente vire seu rosto para o lado esquerdo, de modo a não perder o equilíbrio. Mantenha a postura respirando profundamente. Lembre-se de recolher o abdômen vigorosamente quando expira. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Desfaça a postura livremente, apoiando o pé direito ao lado do outro, afastado 2 palmos. Descanse durante 2 respiração suaves e completas. Repita tudo para o outro lado. Ao completar a postura para os dois lados, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
3. ARDHA CHANDRĀSANA
Fique de pé com os pés juntos, mas apontando o pé direito para a lateral. Inspire e abra os braços lateralmente na altura dos ombros. Ao soltar o ar, incline o tronco para a direita e, dobrando o joelho do mesmo lado, leve a mão direita até o chão em sua lateral, dando um suave apoio. Tente, agora, esticar a perna que foi dobrada. Estenda o braço esquerdo bem na vertical e vire o rosto, olhando para esta mão. A outra perna também deve estar esticada e bem horizontalizada. Mantenha a postura respirando profundamente. Lembre-se de recolher o abdômen vigorosamente quando expira. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Volte inspirando e apoie o pé no chão ao lado do outro. Expire e abaixe os braços lateralmente. Com os pés no chão, afaste-os 2 palmos e faça 2 respirações de pausa. Repita tudo para o outro lado. Ao completar a postura para os dois lados, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
4. PĀRŚHVOTTĀNĀSANA
Fique de pé com os pés num afastamento médio (entre 3 a 4 palmos) e paralelo. Junte a palma das mãos nas costas com os dedos apontados para cima e, se possível, na altura das escápulas. Gire o pé direito 90° para o lado direito, enquanto roda bacia e tronco para o mesmo lado e o pé esquerdo para dentro, aproximadamente 45°. Observe que seu tronco deve estar na direção de sua perna direita. Inspire e arqueie seu tronco para trás, de modo que suas pernas se mantenham estendidas. Repare o alongamento que causa na perna que está para trás (esquerda). Em seguida, expire e flexione seu tronco, de modo a levar a cabeça na direção do joelho direito. Fique nesta posição respirando profundamente. Traga o ar para a base dos pulmões, alargando o gradil costal e esvazie os pulmões recolhendo ao máximo seu abdômen. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, inspire erguendo o tronco e desfaça as rotações dos pés e tronco. Mantenha as mãos na posição nas costas. Mantenha o afastamento dos pés e faça 2 respirações de pausa. Complete a postura para a esquerda, repetindo todos os passos. Volte à posição inicial, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
5. UTTHITA TRIKOṆĀSANA
Fique de pé com os pés num afastamento grande (entre 6 a 7 palmos) e paralelo. Gire o pé direito 90° para o lado direito. Observe que seu tronco deve estar alinhado com a bacia e voltado para frente. Inspire, abrindo seus braços nas laterais, elevando-os até a altura dos ombros. Perceba que seu peito deve estar aberto e elevado, enquanto seus ombros estão relaxados, de modo a manter o pescoço esguio. Dando continuidade, solte o ar pelas narinas enquanto inclina seu tronco para o lado direito. Seus braços acompanham o movimento do tronco, levando sua mão direita ao pé ou à perna do mesmo lado, conforme sua flexibilidade, e simultaneamente estenda o braço esquerdo para o alto, verticalizando-o. Vire seu rosto e olhe para a ponta dos dedos da mão esquerda em vāma aṅguṣhṭhamadhya dṛiṣhṭi. Cuide para não rodar o quadril para a direita, não projetar o tórax para frente, nem flexionar o joelho direito. Fique nesta posição respirando profundamente. Traga o ar para a lateral dos pulmões, alargando o gradil costal e esvazie os pulmões recolhendo ao máximo as costelas e o seu abdômen. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, inspire desfazendo a inclinação do tronco, enquanto os braços o acompanham em abertura. Expire e desfaça a abertura dos braços. Mantenha o afastamento dos pés e faça 2 respirações de pausa. Complete a postura para a esquerda, repetindo todos os passos. Volte à posição inicial, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
6. PĀRŚHVA KOṆĀSANA
Fique de pé com os pés num afastamento grande (entre 6 a 7 palmos) e paralelo. Gire o pé direito 90° para o lado direito. Observe que seu tronco deve estar alinhado com a bacia e voltado para frente. Inspire, abrindo seus braços nas laterais, elevando-os até a altura dos ombros. Perceba que seu peito deve estar aberto e elevado, enquanto seus ombros estão relaxados, de modo a manter o pescoço esguio. Num ato contínuo, expire, inclinando seu tronco para a direita enquanto dobra o joelho direito, até apoiar a mão direita no chão atrás do pé do mesmo lado. Estique bem o braço esquerdo na direção da cabeça com a palma da mão voltada para baixo, alinhando-o ao tronco. Repare que o tronco deve estar alinhado com a inclinação da perna esquerda. Vire seu rosto e olhe para a ponta dos dedos da mão esquerda em vāma aṅguṣhṭhamadhya dṛiṣhṭi. Fique nesta posição respirando profundamente. Traga o ar para a lateral dos pulmões, alargando o gradil costal e esvazie os pulmões recolhendo ao máximo as costelas e o seu abdômen. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, inspire desfazendo a inclinação do tronco, enquanto estende o joelho direito e os braços retornam à abertura de 90°. Expire e desfaça a abertura dos braços. Mantenha o afastamento dos pés e faça 2 respirações de pausa. Complete a postura para a esquerda, repetindo todos os passos. Volte à posição inicial, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
7. PRASĀRITA PĀDOTTĀNĀSANA
Fique de pé com os pés bem afastados (o máximo que puder) e paralelos. Apoie as mãos na cintura e inspire arqueando o corpo para trás. Mantenha as coxas bem contraídas. Expire enquanto flexiona o corpo, apoiando a palma das mãos no chão, no alinhamento dos pés. Inspire, levantando a cabeça enquanto arqueia as costas, de modo que a parte central do tronco fique mais baixa. Isto fará com que as duas protuberâncias da base da bacia (os ísquios) subam e estirem os músculos posteriores da coxa. Agora, expire flexionando os cotovelos e, se possível, toque o alto da cabeça no chão, entre as mãos. Não descarregue o peso do corpo sobre a cabeça, nem desalinhe as mãos em relação aos pés. Mantenha a postura respirando profundamente. Ao inspirar, encaminhe o ar para as costas, na base dos pulmões, alargando o gradil costal. Expire recolhendo bem o abdômen. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, volte à posição inicial bem devagar, colocando seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes. Observe que, conforme o tempo de manutenção na postura aumenta o retorno à posição inicial também se alonga.
8. AÑJANEYĀSANA
Em pé, com os pés juntos desde os calcanhares até os dedos. Inspire elevando seus braços pela frente e acima da cabeça. Expire arqueando-se para trás, à medida que alonga seus braços e projeta a bacia para frente. Volte inspirando e, ao expirar, mantendo as pernas bem esticadas, dobre-se a frente, de modo que a palma das mãos apoie no chão ao lado dos pés. Em seguida, inspire, movendo sua perna esquerda para trás e apoiando a ponta do pé no chão. Desça a bacia o melhor que puder, erga a cabeça, abra o peito e mantenha as mãos apoiadas no chão alinhado ao pé direito. Fique nesta posição respirando profundamente. Traga o ar para o ápice dos pulmões, expandindo a parte alta do gradil costal e esvazie os pulmões recolhendo ao máximo as costelas e o seu abdômen. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao desfazer a postura, expire, descendo a cabeça, enquanto traz seu pé esquerdo ao lado do direito no chão, levando a bacia para o alto e esticando as pernas, de modo que seus pés fiquem entre as mãos. Mantenha os pés juntos e faça 2 respirações de pausa. Complete a postura para o outro lado, repetindo todos os passos. Volte à posição inicial, coloque seus pés afastados 2 palmos e relaxe, respirando pausadamente 4 vezes.
9. KAPOTĀSANA
Fique na posição semi-ajoelhado com o pé direito à frente. Apoie as mãos no chão à sua frente e cruze a perna direita pela frente, de modo a apoiar o joelho, a perna e o dorso do pé no chão. Escorregue a perna esquerda para trás, estendendo-a o máximo possível, enquanto desce o quadril até o chão. As mãos devem estar bem apoiadas no chão ao lado do joelho direito, com os braços esticados, forçando o tórax para cima e os ombros para trás. O pé direito deve estar no alinhamento do quadril à esquerda. Mantenha a postura respirando profundamente. Inspire fundo e ao expirar recolha o abdômen vigorosamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Repita a postura para o outro lado. Ao completar, relaxe sentado sobre os calcanhares (vajrāsana), respirando pausadamente 4 vezes.
10. JANUŚHIRṢHĀSANA
Fique sentado no chão com as pernas estendidas e os pés afastados aproximadamente dois palmos. Dobre a perna direita, colocando o calcanhar na região do períneo e mantendo este joelho o mais próximo do chão. Com os braços ao lado do tronco, inspire elevando-os lateralmente acima da cabeça. Vire o tronco na direção da perna estendida (esquerda) e, soltando o ar, dobre-o sobre esta perna, levando as mãos bem à frente a segurar no pé ou na perna, conforme sua flexibilidade. Observe que as mãos devem estar segurando a perna no mesmo nível. Nunca uma das mãos mais à frente do que a outra. Mantenha a postura respirando profundamente. Lembre-se de recolher o abdômen vigorosamente quando expira. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao retornar, e inspire profundamente, enquanto estende seu tronco e braços para o alto. Em seguida, expire descendo os braços lateralmente ao longo do corpo. Estenda a perna dobrada e faça uma pausa de 2 respirações completas. Repita todo o procedimento para o outro lado. Ao final, relaxe com as pernas estendidas afastadas 2 palmos entre os pés e as mãos apoiadas no chão atrás do tronco por 4 respirações completas.
11. UPAVIṢHṬHA KOṆĀSANA
Fique sentado no chão com as pernas estendidas e os pés afastados o máximo possível. Com os braços ao lado do tronco, inspire elevando-os lateralmente acima da cabeça. Expire enquanto flexiona o quadril, levando suas mãos até os pés e o tórax na direção do chão. Caso consiga deitar o tórax no chão, acomode a testa, de modo a alongar a nuca. Segure o hálux (dedão do pé), envolvendo-o com os polegares, indicadores e médios respectivos. Se não alcançar os pés, agarre firme nas pernas. Mantenha a postura respirando profundamente, de modo a recolher o abdômen intensamente quando expira. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. 6. Desfaça, inspirando lenta e profundamente, enquanto ergue seu tronco e braços acima da cabeça. Expire descendo os braços lateralmente ao longo do corpo. Relaxe com as pernas estendidas afastadas 2 palmos entre os pés e as mãos apoiadas no chão atrás do tronco por 4 respirações completas.
12. BADDHA KOṆĀSANA
Fique sentado no chão com as pernas dobradas, de modo que junte a planta dos pés (borboleta). Se possível que toda a planta dos pés estejam unidas, desde os dedos até os calcanhares. Entrelace os dedos das mãos e segure firme na ponta dos pés. Puxe seus calcanhares para a região do períneo e estique bem as costas, alinhando a região sacral e a nuca. Sem prejudicar o alinhamento da coluna vertebral, faça força com as pernas para abaixar os joelhos o máximo possível. Agora, olhe para a ponta do nariz (nāsikāgra dṛiṣhṭi), mantendo a cabeça ereta. Em seguida, flexione o tronco, de modo a levar a testa na direção do chão sem arredondar a coluna vertebral. Faça a dobradiça ao nível do quadril. Mantenha a postura respirando profundamente. Inspire fundo e ao expirar recolha o abdômen vigorosamente. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Ao final, desfaça a postura, erguendo seu tronco e estendendo as pernas. Mantenha seus pés afastados 2 palmos e apoie as mãos no chão atrás do tronco. Relaxe por 4 respirações completas.
13. SUPTA VĪRĀSANA
Sentado no chão com as pernas dobradas, de modo que os pés fiquem ao lado do quadril (vīrāsana). Recline-se para trás, apoiando-se nos cotovelos, até encostar a cabeça no chão e depois as costas. Se não for possível, devido às tensões musculares e rigidez corporal, faça uso de almofadas nas costas para dar apoio e conforto. Caso seja necessário, afaste os joelhos. Nada de agredir o corpo!!! Aos poucos e sem atitudes violentas, estenda os braços ao longo do tronco, mantendo o apoio das costas no chão ou em almofadas. Faça o ajuste de encaixe do quadril (retroversão), alinhando a região lombar. Ao inspirar, estenda seus braços ao lado da cabeça, apoiando o dorso das mãos no chão. Se os braços não alcançarem o chão ou não ficarem completamente estendidos, use o recurso de almofadas para apoiá-los. Mantenha a postura com uma respiração leve e solta, recolhendo bem o abdômen ao soltar o ar. Comece contando 5 respirações e aumente gradativamente para 7, 11, 15, 21 e 27. Desfaça a postura expirando, enquanto desce os braços, apoia os cotovelos e, com gentileza, sente-se de pernas cruzadas (padmāsana, siddhāsana ou sukhāsana). Relaxe por 4 respirações completas.
14. PRĀṆĀYĀMA 1-4-2 C/ MŪLA BANDHA E BÁSCULA DA BACIA
Sentado com as pernas cruzadas (padmāsana, siddhāsana ou sukhāsana), inspire vigorosamente contando 2 tempos para encher os pulmões plenamente; retenha com os pulmões cheios contando 8 tempos (o quádruplo de tempos da fase anterior) e expire suavemente em 4 tempos (o dobro de tempos da fase de inspiração). Não há fase de retenção sem ar. Treine este ritmo antes de prosseguir com a prática respiratória.
Agora, associe a este ritmo respiratório o seguinte:
- Enquanto inspira, faça coordenadamente o movimento de anteroversão do quadril e a contração do períneo.
- Ao reter o ar, mantenha a posição e a contração do períneo (mūla bandha).
- Durante a fase de expiração, faça, com coordenação, o movimento de retroversão do quadril e, somente ao final, relaxe o períneo.
Inicie contando o ritmo 2 – 8 – 4 tempos e aumente o número de tempos, conforme sua capacidade respiratória for melhorando, observando a proporcionalidade (3 – 12 – 6; 4 – 16 – 8; 5 – 20 – 10). Comece este prāṇāyāma com 11 ciclos respiratórios e vá ampliando para 15, 21, 27, 36, 54, 72, 108 e 144, na medida em que aprofunde a técnica. Não atropele suas condições físicas! Caso manifeste palpitação, taquicardia, náusea ou tonteira ao executá-la diminua a contagem dos tempos. Se ocorrer dor de cabeça, pare imediatamente o exercício. Quando retomá-lo, reinicie de forma bem leve, sem encher seus pulmões completamente.
Maṇipūra Chakra


EM CONSTRUÇÃO
Anāhata Chakra


EM CONSTRUÇÃO
Viśhuddha Chakra


EM CONSTRUÇÃO
Ājñā / Sahasrāra Chakra


EM CONSTRUÇÃO